quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Quadrinhos Baby!
Quadrinhos Personalizados para Porta de Maternidade (Decoração do Quartinho).
Faço os quadrinhos de acordo com o tema escolhido pela mamãe!
São feitos em moldura branca 20x20 e o valor é R$ 59,00 + frete.
Encomendas: soares.joyce@live.com
quinta-feira, 24 de maio de 2012
A Melhor Mãe do Mundo - Martha Medeiros
Você é. Sua vizinha também. A Maitê. A Malu. A Claúdia. Eu, naturalmente. Somos as melhores mães do mundo. Aliás, essa é a única categoria em que não há segundo lugar, todas as mães são campeães, somos bilhões de "as melhores" espalhadas pelo planeta. Ao menos, as melhores para os nossos filhos, que nunca tiveram outra.
Não é uma sorte ser considerada a melhor, mesmo se atrapalhando tanto? Mãe erra, crianças. E improvisa. Mãe não vem com manual de instrução: reage apenas aos mandamentos do coração, o que tem um inestimável valor, mas não substitui um bom planejamento estratégico. E planejamento é tudo o que uma mãe não consegue seguir, por mais que livros, revistas e psicólogos tentem nos orientar.
Um dia um exame confirma que você está gravida e a felicidade é imensa e o pânico também. Uau, vou ser responsável pela criação de um ser humano! A partir daí, nunca mais a vida como era antes. Nunca mais a liberdade de sair pelo mundo sem dar explicações a ninguém. Nunca mais pensar em si mesma em primeiro lugar. Só depois que eles fizerem dezoito anos, e isso demora. E às vezes nem adianta.
O primeiro passo é se acostumar a ser uma pessoa que já não pode se guiar apenas pelos próprios desejos. Você continuará sendo uma mulher ativa, autêntica, batalhadora, independente, estupenda, mas cem por cento livre, esqueça. De maridos você escapa, dos próprios pais você escapa, mas da responsabilidade de ser mãe, jamais. E nem você quer. Ou será que gostaria?
De vez em quando, sim, gostaríamos de não ter esse compromisso com vidas alheias, de não precisar monitorar os passos dos filhotes, de não ter que se preocupar com a violência que eles terão que enfrentar, de não sofrer pelas dores-de-cotovelo deles, de não temer por suas fragilidades, de não ficar acordada enquanto eles não chegam e de não perder a paciência quando eles fazem tudo ao contrário do que sonhamos.
Gostaríamos que eles não falassem mal de nós nos consultórios dos psiquiatras, que eles não nos culpassem por suas inseguranças, que não fôssemos a razão de seus traumas, que esquecessem os momentos em que fomos severas demais e que nos perdoassem na vezes em que fomos severas de menos. Há sempre um "demais" e um " de menos" nos perseguindo. Poucas vezes acertamos na intensidade dos nossos conselhos e críticas.
Mas é assim que somos: às vezes exageradamente enérgicas em momentos bobos, às vezes um tantinho ..na hora de impor limites. A gente implica com alguns amigos deles e adora outros e não consegue explicar por quê, mas nossa intuição diz que estamos certas. Mas de que adianta estarmos certas se eles só se darão conta disso quando tiverem os próprios filhos?
Erramos em forçá-los a gostar de aipo, erramos em agasalhá-los tanto para as excursões do colégio, erramos em deixar que passem a tarde no computador em véspera de prova, erramos em não confiar quando eles dizem que sabem a matéria, erramos em nos escabelar porque eles estão com olhos vermelhos (pode ser só resfriado), erramos quando não os olhamos nos olhos, erramos quando fazemos drama por nada, erramos um pouquinho todo dia por amor e por cansaço.
O que nos torna as melhores mães do mundo é que nossos erros serão sempre acertos, desde que estejamos por perto.
Não é uma sorte ser considerada a melhor, mesmo se atrapalhando tanto? Mãe erra, crianças. E improvisa. Mãe não vem com manual de instrução: reage apenas aos mandamentos do coração, o que tem um inestimável valor, mas não substitui um bom planejamento estratégico. E planejamento é tudo o que uma mãe não consegue seguir, por mais que livros, revistas e psicólogos tentem nos orientar.
Um dia um exame confirma que você está gravida e a felicidade é imensa e o pânico também. Uau, vou ser responsável pela criação de um ser humano! A partir daí, nunca mais a vida como era antes. Nunca mais a liberdade de sair pelo mundo sem dar explicações a ninguém. Nunca mais pensar em si mesma em primeiro lugar. Só depois que eles fizerem dezoito anos, e isso demora. E às vezes nem adianta.
O primeiro passo é se acostumar a ser uma pessoa que já não pode se guiar apenas pelos próprios desejos. Você continuará sendo uma mulher ativa, autêntica, batalhadora, independente, estupenda, mas cem por cento livre, esqueça. De maridos você escapa, dos próprios pais você escapa, mas da responsabilidade de ser mãe, jamais. E nem você quer. Ou será que gostaria?
De vez em quando, sim, gostaríamos de não ter esse compromisso com vidas alheias, de não precisar monitorar os passos dos filhotes, de não ter que se preocupar com a violência que eles terão que enfrentar, de não sofrer pelas dores-de-cotovelo deles, de não temer por suas fragilidades, de não ficar acordada enquanto eles não chegam e de não perder a paciência quando eles fazem tudo ao contrário do que sonhamos.
Gostaríamos que eles não falassem mal de nós nos consultórios dos psiquiatras, que eles não nos culpassem por suas inseguranças, que não fôssemos a razão de seus traumas, que esquecessem os momentos em que fomos severas demais e que nos perdoassem na vezes em que fomos severas de menos. Há sempre um "demais" e um " de menos" nos perseguindo. Poucas vezes acertamos na intensidade dos nossos conselhos e críticas.
Mas é assim que somos: às vezes exageradamente enérgicas em momentos bobos, às vezes um tantinho ..na hora de impor limites. A gente implica com alguns amigos deles e adora outros e não consegue explicar por quê, mas nossa intuição diz que estamos certas. Mas de que adianta estarmos certas se eles só se darão conta disso quando tiverem os próprios filhos?
Erramos em forçá-los a gostar de aipo, erramos em agasalhá-los tanto para as excursões do colégio, erramos em deixar que passem a tarde no computador em véspera de prova, erramos em não confiar quando eles dizem que sabem a matéria, erramos em nos escabelar porque eles estão com olhos vermelhos (pode ser só resfriado), erramos quando não os olhamos nos olhos, erramos quando fazemos drama por nada, erramos um pouquinho todo dia por amor e por cansaço.
O que nos torna as melhores mães do mundo é que nossos erros serão sempre acertos, desde que estejamos por perto.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Olá Mom's!
Estou a um tempinho sem postar aqui no Blog, pela praticidade, acabo postando mais na nossa página do Facebook: Trocando Fraldas e Ideias no Facebook! Já curtiram?!
E por falar em Facebook, hoje temos um sorteio muito legal!! O friozinho está chegando, e pensando nisso, fizemos uma parceria com uma mamãe que vende peças muito lindas através do Facebook, adicionem o perfil da Lara Larinha e vejam que tem uma roupinha mais linda que a outra, e acessórios também como esse conjuntinho de inverno que estamos sorteando.
Para participar, basta adicionar o perfil da Lara Larinha AQUI, e através da nossa página do Facebook AQUI, clicar em PROMOÇÕES e depois em QUERO PARTICIPAR.
O sorteio derá realizado no dia 30.04.2012, às 18h00.
Boa Sorte!!
Estou a um tempinho sem postar aqui no Blog, pela praticidade, acabo postando mais na nossa página do Facebook: Trocando Fraldas e Ideias no Facebook! Já curtiram?!
E por falar em Facebook, hoje temos um sorteio muito legal!! O friozinho está chegando, e pensando nisso, fizemos uma parceria com uma mamãe que vende peças muito lindas através do Facebook, adicionem o perfil da Lara Larinha e vejam que tem uma roupinha mais linda que a outra, e acessórios também como esse conjuntinho de inverno que estamos sorteando.
Para participar, basta adicionar o perfil da Lara Larinha AQUI, e através da nossa página do Facebook AQUI, clicar em PROMOÇÕES e depois em QUERO PARTICIPAR.
O sorteio derá realizado no dia 30.04.2012, às 18h00.
Boa Sorte!!
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Sobre o documentário "Bebês" de Thomas Balmés.
São quarto bebês de culturas completamente diferentes. Um africano, um mongol, uma americana e uma japonesa. Todos acompanhados em seu primeiro ano de vida, desde o nascimento, pelas lentes das câmeras de Thomas e sua equipe que captaram vários momentos da vida desses bebês, é muito curioso observar a semelhança entre eles, que são as descobertas, aprendizado e a curiosidade em relação ao mundo ao seu redor, mas as semelhanças param por aí, além do fato de estarem iniciando na jornada da vida.
Culturas nitidamente diferentes e a forma com o que os bebês são criados é o ponto principal desse documentário. Hattie, é a americada, vive sozinha com os pais, não tem muito contato com a natureza e nem com outras crianças, são crianças criadas com mais "zelo e cuidado", onde tudo é esterelizado, a cultura japonesa é bem próxima à americana, com mais tecnologia e movimento e é onde vive Mari, uma bebêzinha de olhinhos puxados e curiosos. Olhinhos puxados como os de Bayor, o bebêzinho da Mongólia, que tem uma vida repleta de aventuras, ele vive no deserto, e na maior parte do tempo está com seu irmãozinho mais velho, que apelidei carinhosamente de "pequeno terrorista", como muitos irmãos mais velhos é ciumento e morre de medo de perder o espaço, eles vivem no meio dos bichos, cabras, galinhas, bodes e etc, e convivem bem com eles, mesmo em situações que aos nossos olhos podem representar perigo extremo. Mas o que mais me chamou a atenção foi o africano, Ponijai, um bebê gordinho e engraçado, que vive numa tribo na Naníbia, em um ambiente que nos parece nada higiênico, para se ter uma idéia, tem uma cena em que um cachorro lambe a boca de Ponijai e para eles isso é natural. Dessa cena e de outras vividas por esse bebê é que surgiram vários questionamentos em relação à maneira como estamos criando nossos filhos. Será que essa superproteção e cuidado são realmente saudáveis? Pude observar que o africano era o bebê mais ativo e estimulado, mesmo vivendo em "situações precárias".
"Bebês" é um filme que todas as mães deveriam assistir, para que pudessem refletir sobre a educação e criação de seus filhos. Eu vi e revi, e veria de novo, de tão válido e interessante a visão do diretor sobre tudo o que cerca esses primeiros momentos, esse mundo de primeiras experiências. Além das risadas e os vários "owns" que são inevitáveis, cheguei a uma conclusão de que o ideal é pegar um pouquinho desses quatro universos e inserir na vida da minha filha, aprender a esquecer um pouco desse "egoísmo" de querer proteger o filhote de tudo e de todos e deixá-los mais soltos para que eles possam aprender com os própríos passos e com os erros, que eles levantem sozinhos quando cairem, permitir com que eles sitam a natureza e convivam mais de perto com bichos.
Pra ser sincera, é bem difícil pensar assim, quem dirá agir. Mas a gente tenta.
Fica a minha sugestão para o próximo final de semana: Vejam "Bebês", um documentário encantador de Thomas Balmés.
Culturas nitidamente diferentes e a forma com o que os bebês são criados é o ponto principal desse documentário. Hattie, é a americada, vive sozinha com os pais, não tem muito contato com a natureza e nem com outras crianças, são crianças criadas com mais "zelo e cuidado", onde tudo é esterelizado, a cultura japonesa é bem próxima à americana, com mais tecnologia e movimento e é onde vive Mari, uma bebêzinha de olhinhos puxados e curiosos. Olhinhos puxados como os de Bayor, o bebêzinho da Mongólia, que tem uma vida repleta de aventuras, ele vive no deserto, e na maior parte do tempo está com seu irmãozinho mais velho, que apelidei carinhosamente de "pequeno terrorista", como muitos irmãos mais velhos é ciumento e morre de medo de perder o espaço, eles vivem no meio dos bichos, cabras, galinhas, bodes e etc, e convivem bem com eles, mesmo em situações que aos nossos olhos podem representar perigo extremo. Mas o que mais me chamou a atenção foi o africano, Ponijai, um bebê gordinho e engraçado, que vive numa tribo na Naníbia, em um ambiente que nos parece nada higiênico, para se ter uma idéia, tem uma cena em que um cachorro lambe a boca de Ponijai e para eles isso é natural. Dessa cena e de outras vividas por esse bebê é que surgiram vários questionamentos em relação à maneira como estamos criando nossos filhos. Será que essa superproteção e cuidado são realmente saudáveis? Pude observar que o africano era o bebê mais ativo e estimulado, mesmo vivendo em "situações precárias".
"Bebês" é um filme que todas as mães deveriam assistir, para que pudessem refletir sobre a educação e criação de seus filhos. Eu vi e revi, e veria de novo, de tão válido e interessante a visão do diretor sobre tudo o que cerca esses primeiros momentos, esse mundo de primeiras experiências. Além das risadas e os vários "owns" que são inevitáveis, cheguei a uma conclusão de que o ideal é pegar um pouquinho desses quatro universos e inserir na vida da minha filha, aprender a esquecer um pouco desse "egoísmo" de querer proteger o filhote de tudo e de todos e deixá-los mais soltos para que eles possam aprender com os própríos passos e com os erros, que eles levantem sozinhos quando cairem, permitir com que eles sitam a natureza e convivam mais de perto com bichos.
Pra ser sincera, é bem difícil pensar assim, quem dirá agir. Mas a gente tenta.
Fica a minha sugestão para o próximo final de semana: Vejam "Bebês", um documentário encantador de Thomas Balmés.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Projeto "Leia Para Uma Criança" Itaú.
Chegaram meus livros infantis que pedi no site do Itaú! São 3 histórias bem legais que fazem parte do projeto "Leia para uma Criança."
Para pedir o seu, basta acessar o link http://www.itau.com.br/itaucrianca/
E o melhor é que são de graça!
Boa leitura!
Para pedir o seu, basta acessar o link http://www.itau.com.br/itaucrianca/
E o melhor é que são de graça!
Boa leitura!
quarta-feira, 14 de março de 2012
O gato Guilherme e a Chegada do Bebê.
Há alguns dias um telefonema me encantou, tamanha delicadeza da história que vou contar, começou com a minha preocupação e curiosidade em relação a chegada da Alice e a reação da Nina e também da Belinha com a chegada da Amanda e visitas da Alice.
Nina é a cachorrinha da casa, única bebê até então... e ela é brava, muito brava, se ela soubesse o tamanho que tem, não seria tão brava, mas no fundo tem bom coração, é puro charme.
A Belinha já é uma criança bagunceira, ela mora com a minha mãe e mesmo morando longe, tenho carinho por ela como se fosse minha também.
Andei lendo sobre como preparar o animal de estimação para a chegada do bebê, já sabendo que vai rolar um ciúme, tipo irmão mais velho, sabe? Quem tem um animalzinho mimado em casa, sabe do que estou falando. Nessas pesquisas encontrei alguns métodos, que podem ser bem eficientes, como espirrar perfume do bebê nas coisinhas do bicho, colocar as coisinhas do bebê pra ele cheirar e etc.
Numa dessas, me lembrei da Lelê, uma blogueira que acompanho há alguns anos, ela é protetora de animais. Perguntei se ela conhecia alguma história interessante que envolvesse crianças e bichos, e ela me falou de sua irmã, Carla. Mandei um email para Carla, que me respondeu no dia seguinte com o número de seu celular. Dias depois resolvi ligar pra ela, que me atendeu muito gentilmente, e uma simpatia que me cativou na primeira frase. Ela já sabia do que se tratava pelas nossas conversas rápidas por email e logo começou a contar sua história com o seu gato Guilherme e o seu bebê, que já está com 15 anos de idade, e hoje em dia, é um bebê só pra ela. (:
Quando Carla engravidou de seu primeiro e único filho, ela tinha a companhia de Guilherme, um gatinho bravo e ciumento, ele estava com 6 anos, ela o encontrou na rua e ele era orfã de mãe, sua mamãe morreu atropelada quando ele ainda tinha 4 meses de vida. Dá pra imaginar o quão querido era esse gatinho.
Logo veio a preocupação de como lidar com a chegada do filho, como preparar o Guilherme. Ela resolveu conversar com seu médico, que informou sobre os perigos da Toxoplasmose, mas nesse caso era já era imune, esse risco eles não tinha mais, além disso Guilherme era vacinado e o único cuidado que ela deveria ter era com o acesso do gatinho ao berço quando o bebê tivesse dormindo, já que ele tinha 14kg... uma verdadeira bola de pêlos!
Uma conhecida sabendo do que estava acontecendo, indicou um tratamento com florais, para acalmar o gato e assim, ir tratando sua aceitação. E lá se foi Carla atrás dos tais florais... nessa busca, o rapaz que vendeu os florais para ela, deu uma dica curiosa, falou para Carla confeccionar um boneco de pano para Guilherme, mas ela não podia dar o bonequinho para ele, até o bebê chegar em casa, então ela mostrava o boneco, mas não entregava pra ele, não deixava nem Guilherme encostar no boneco... judiação, o gatinho ficou só na vontade.
No dia que o bebê chegou, Carla deu o boneco para o gato, e ele se sentiu o pai do boneco, nessa brincadeira ele desenvolveu um instinto de proteção, e com o passar dos dias passou a proteger o baby, a mamãe nem precisou comprar Babá Eletrônica, Guilherme era uma verdadeira Babá Eletrônica.
E os dois viraram amigos. Sua amizade durou até o "bebê" completar 11 anos, até a morte de Guilherme.
Imagino o quanto essa amizade foi importante pra essa criança, o quanto saudável, e o quanto ajudou no seu desenvolvimento como ser humano. Ao contrário do que muita gente pensa, os animais nos humanizam. Eles tem esse dom. Eles nos despertam um sentimento tão especial, que somente eles são capazes disso.
Já ouvi histórias de pessoas que doaram seus bichinhos para "proteger" seus filhos, pessoas que trancam os animais em lugares que eles não possam ter acesso ao quarto onde vai ficar o bebê... Ah, se elas soubessem o mal que estão fazendo a eles e muito mais aos seus filhos, privando-os de uma relação que só pode fazer bem. De um amor especial, puro e pra sempre.
Carla, obrigada por dividir sua história com a gente, que somos a maioria mamães de primeira viagem e que essa linda história nos sirva de lição, lição de amor.
Nina é a cachorrinha da casa, única bebê até então... e ela é brava, muito brava, se ela soubesse o tamanho que tem, não seria tão brava, mas no fundo tem bom coração, é puro charme.
A Belinha já é uma criança bagunceira, ela mora com a minha mãe e mesmo morando longe, tenho carinho por ela como se fosse minha também.
Andei lendo sobre como preparar o animal de estimação para a chegada do bebê, já sabendo que vai rolar um ciúme, tipo irmão mais velho, sabe? Quem tem um animalzinho mimado em casa, sabe do que estou falando. Nessas pesquisas encontrei alguns métodos, que podem ser bem eficientes, como espirrar perfume do bebê nas coisinhas do bicho, colocar as coisinhas do bebê pra ele cheirar e etc.
Numa dessas, me lembrei da Lelê, uma blogueira que acompanho há alguns anos, ela é protetora de animais. Perguntei se ela conhecia alguma história interessante que envolvesse crianças e bichos, e ela me falou de sua irmã, Carla. Mandei um email para Carla, que me respondeu no dia seguinte com o número de seu celular. Dias depois resolvi ligar pra ela, que me atendeu muito gentilmente, e uma simpatia que me cativou na primeira frase. Ela já sabia do que se tratava pelas nossas conversas rápidas por email e logo começou a contar sua história com o seu gato Guilherme e o seu bebê, que já está com 15 anos de idade, e hoje em dia, é um bebê só pra ela. (:
Quando Carla engravidou de seu primeiro e único filho, ela tinha a companhia de Guilherme, um gatinho bravo e ciumento, ele estava com 6 anos, ela o encontrou na rua e ele era orfã de mãe, sua mamãe morreu atropelada quando ele ainda tinha 4 meses de vida. Dá pra imaginar o quão querido era esse gatinho.
Logo veio a preocupação de como lidar com a chegada do filho, como preparar o Guilherme. Ela resolveu conversar com seu médico, que informou sobre os perigos da Toxoplasmose, mas nesse caso era já era imune, esse risco eles não tinha mais, além disso Guilherme era vacinado e o único cuidado que ela deveria ter era com o acesso do gatinho ao berço quando o bebê tivesse dormindo, já que ele tinha 14kg... uma verdadeira bola de pêlos!
Uma conhecida sabendo do que estava acontecendo, indicou um tratamento com florais, para acalmar o gato e assim, ir tratando sua aceitação. E lá se foi Carla atrás dos tais florais... nessa busca, o rapaz que vendeu os florais para ela, deu uma dica curiosa, falou para Carla confeccionar um boneco de pano para Guilherme, mas ela não podia dar o bonequinho para ele, até o bebê chegar em casa, então ela mostrava o boneco, mas não entregava pra ele, não deixava nem Guilherme encostar no boneco... judiação, o gatinho ficou só na vontade.
No dia que o bebê chegou, Carla deu o boneco para o gato, e ele se sentiu o pai do boneco, nessa brincadeira ele desenvolveu um instinto de proteção, e com o passar dos dias passou a proteger o baby, a mamãe nem precisou comprar Babá Eletrônica, Guilherme era uma verdadeira Babá Eletrônica.
E os dois viraram amigos. Sua amizade durou até o "bebê" completar 11 anos, até a morte de Guilherme.
Imagino o quanto essa amizade foi importante pra essa criança, o quanto saudável, e o quanto ajudou no seu desenvolvimento como ser humano. Ao contrário do que muita gente pensa, os animais nos humanizam. Eles tem esse dom. Eles nos despertam um sentimento tão especial, que somente eles são capazes disso.
Já ouvi histórias de pessoas que doaram seus bichinhos para "proteger" seus filhos, pessoas que trancam os animais em lugares que eles não possam ter acesso ao quarto onde vai ficar o bebê... Ah, se elas soubessem o mal que estão fazendo a eles e muito mais aos seus filhos, privando-os de uma relação que só pode fazer bem. De um amor especial, puro e pra sempre.
Carla, obrigada por dividir sua história com a gente, que somos a maioria mamães de primeira viagem e que essa linda história nos sirva de lição, lição de amor.
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